segunda-feira, 26 de abril de 2010

PARA REFLETIR

A nossa vida é tão passageira. Quantas lembranças de alguns anos atrás. Amigos, ex-amigos, companheiros, eventos, relacionamentos. Nada melhor para descrever nossa passagem por aqui do que compará-la a uma “viagem de trem”, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.

Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade. Em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível, mas isso não impede que durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos, bem como o amor e as paixões que envolvem nossas vidas. Muitas pessoas tornam esse trem apenas a passeio, outros encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe. Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se nos outros vagões. Portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles. O que não nos impede, é claro, que durante a viagem, atrevêssemos, mesmo com grande dificuldade, nosso vagão e cheguemos até eles. Só que infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.

Devemos estar cientes de que vez por outra deveremos passar por túneis sombrios ou precipícios assustadores e nessas horas é que poderemos reconhecer os verdadeiros amigos. O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que esta sentado ao nosso lado. Será se quando eu descer deste trem, sentirei saudades? Acredito que sim... Separar-me de alguns amigos que fiz nele, será, no mínimo dolorido. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... Pois é: de nada nesta vida podemos ter certeza.

Nada é garantia para o amanha. Ninguém é de ninguém e nada possuímos nesta viagem fascinante que é a vida de cada um de nós.

Temos somente o que sentimos, o que experimentamos. Temos somente o amor que damos e ao amor que recebemos. Portanto, não economize afeto, não contabilize sentimentos. E esteja atento a cada estação, porque da mesma forma que pessoas embarcam, pessoas também desembarcam e cada um que entre em nosso vagão tem algo a acrescentar em nossas vidas, cada um que sai do nosso vagão deixa um vazio que ninguém conseguira preenche-lo totalmente.

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