terça-feira, 28 de maio de 2013

Ninguém igual a ti


Quis afeiçoar-me a outro alguém  em outros braços reconhecer conforto, em outro sorriso a ternura sua... mas não, ninguém ha que a ti se iguale... por isso, tão somente por isso, perdoei suas falhas... 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Adeus...


Não quero mais o seu amor fingido, que vem me amassa, depois me deixa com a bagunça dos lençóis... e do coração... Não quero mais suas pernas, enroscando nas minhas, suas mãos deslizado em meu corpo, me fazendo arrepiar. Não quero mais, seu sorriso faceiro, nem mesmo o seu cheiro a me embriagar.. Cansei de ser sua, sem me pertencer... e sem nem mesmo um pouquinho, te ter.. Pra mim, já chega. Não quero mais sozinha, ser esse impossível "nós". Cansei de sofrer, não foi pra isso que nasci.. não, não mesmo... 


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Irreversível


Quando terminei de falar, senti foi a dentada da tristeza em meu peito. Eu fui andando, andando, quase olhei pra trás e pedi que desconsiderasse aquilo tudo. Mas não dava pra desmanchar aquele ponto final. Não se remove um "adeus" com um "esqueça tudo que eu disse". É que eu pensava que nem ia doer. (Nem deixei que ele me tocasse, eu não tinha tempo pra arder). E foi com meu coração disparado que apressei o passo e ganhei estrada.Eu respirava fundo chamando a tranqüilidade de volta.Mas ela não veio.Enquanto me afastava, pensei que eu tava indo embora de tudo nele.E sei que fiquei como um ranço, algo que lateja até que se perdoe. Era ele aprisionado na lembrança do que eu havia sido. Só tive paz mesmo, quando o seu coração desmanchou o hematoma da saudade num choro compulsivo, no colo do melhor amigo. Porque nem calma eu tinha pra ajudar.A carne sempre fraca pra afagar, acabava indo mais longe e tudo voltava ao antigamente.Aí eu tive que ficar quieta no meu canto, toda lacerada pela falta.Foi um período solitário em que vivi o luto necessário.Ele nem desconfiou que eu também estava triste, talvez se sentisse melhor se soubesse.Mas eu tinha que fazer valer minha palavra, demorei muito tempo tomando coragem.Demorei muito tempo desparafusando aquela gaiola e, depois, reaprendendo a voar.
Tive ímpetos de escrever uma carta falando das qualidades dele, de tudo que havia me feito crescer. Mas quando fui escrever só consegui dizer: desculpe, não se pode negociar com a paixão.Porque eu também não entendo às vezes esses caminhos que a vida tece.E nós que morávamos um no outro, ficamos sem casa. Perdoe a falta de abrigo, é que agora eu moro no caminho.

Marla de Queiro
z

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Somente Tu



És tu, somente tu
A minha metade mais certa...
Meu equilíbrio p'as pernas...
"Propriétaire" da minha razão.

As de ser o meu caminho,
Meu porto e meu abrigo,
Farol, recôndito, amigo...

É o teu cheiro que sinto,
Quando caminho cativo,
Sem rumo,
Sem direção...

São tuas mãos que me induzem,
Que me trazem as luzes,
Em meio a escuridão...

Somente tu, conheces minha precisão..
Sabes que quero ser dona,
Sou chata e meio mandona...
Tudo por uma razão...

É que te amo assim, tanto que dói em mim,
Ver-te em outras mãos...

(R.T.)