Vi quando
ela chegou... sentou-se distante, apenas a observar... logo retirou-se. Voltou assim
que o novo dia nasceu, e mais uma vez cumpriu sua empreitada, ao longe, observou.
Virou rotina... a cada novo encontro, ela se aproximava um pouco mais. Sentia todo
meu corpo se retesar; o seu olhar era frio, e pairava sobre mim.
Um dia,
sentou-se mais perto, bem perto... Não se foi mais! Deitou-se comigo, bem ao
meu lado em minha cama. Suas mãos afagavam meus cabelos, e tornaram minhas
noites mais longas... sua presença me deixara de olhos bem abertos, vi os dias nascerem,
e em cada novo dia, todo meu corpo reclamar... cansado, abatido, infeliz... Ela se instalara enfim... todas as noites já
são iguais, todos os dias são cinzentos... sem sorrisos, músicas, passos..
apenas ela... essa saudade sem fim...
Belíssimo!!
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